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A maioria dos cães contaminados são assintomáticos, ou seja, você pode ter um cão que aparentemente está saudável mas pode estar transmitindo o protozoário para outros animais. A doença pode permanecer encubada por vários anos e geralmente quando o cão tem uma queda na imunidade, ocorre a manifestação clínica que é caracterizada por emagrecimento, descamação da pele, ínguas, lesões nas orelhas, lesão ao redor dos olhos, sangramentos, crescimento anormal das unhas, aumento do fígado e baço.
Deve-se ter o cuidado de não confundir estas enfermidades, o médico veterinário especializado em pequenos animais é o profissional capacitado para fazer o correto diagnóstico da leishmaniose, que pode ser feito através de exames de sangue (sorologia), punção de medula óssea e linfonodos (pesquisa direta do parasita) associado ao acompanhamento clínico do animal.
O Ministério da Saúde recomenda que os cães positivos sejam sacrificados. Esta medida de controle da doença é bastante contestada por veterinários e pelas entidades protetoras de animais. O Brasil é o único país do mundo que sacrifica todos os casos de leishmaniose indiscriminadamente. Países desenvolvidos da Europa tratam seus animais regularmente com excelentes resultados, sem oferecer risco algum para os proprietários. Há várias décadas os cães vêm sendo sacrificados no Brasil e a incidência da doença permanece a mesma, ou seja, sacrificar cães não resolve o problema da leishmaniose. Com esta justificativa, uma ONG de Campo Grande-MS, entrou na justiça e no inicio do ano de 2013 houve a decisão da Justiça Federal favorável ao tratamento dos cães acometidos por LVC. A decisão vale para todo o Brasil.

Como medidas de controle e prevenção, podemos citar o uso de produtos (coleiras e spot on) impregnados com inseticidas que repelem o mosquito transmissor da doença. Atualmente temos no mercado brasileiro duas vacinas (Leishmune e Leishtec) aprovadas pelo Ministério da Agricultura que imunizam os cães. A eficácia da vacinação está acima de 90%. Os animais a serem vacinados devem primeiro fazer exames diagnósticos que comprovem não serem positivos para LVC.

A leishmaniose visceral canina é endêmica na nossa região. O acompanhamento dos cães por veterinários especializados é fundamental para o diagnóstico e para a prevenção da doença. Protegendo a saúde dos animais de estimação estamos protegendo a saúde da população como um todo.

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Artigo produzido pelos médicos veterinários Dr. Guilherme Almeida, Drª Nillian Abrantes, Dr Vicente Almeida Junior (foto ao lado), da Center Vet – Clinica Veterinária de Bacabal – MA, (99) 3621 4686, centervetbacabal@hotmail.com.
Mesmo após doente de Calazar, os cães podem ser tratados e a doença controlada
Cadela Vivi doente de Calazar, recolhida nas ruas pela Ong Bob Protetores de Bacabal - MA e tratada pela referida instituição e os médicos acima
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Dois meses após o início do tratamento
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