Greve nacional dos professores foi um sucesso
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A greve nacional da Educação foi um sucesso. Durante três dias (14, 15 e 16 de março), professores e demais trabalhadores da área pararam suas atividades, para cobrar o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério e dos compromissos assumidos pelos governadores e prefeitos com a categoria. O movimento envolveu as redes estaduais e municipais de ensino. Em alguns estados, como Pernambuco, mais de 85% das escolas pararam. Em muitos municípios do Brasil afora a adesão foi quase total, caso de Curitiba, onde 95% dos educadores saíram às ruas para protestar.
“Foram três dias muito bons. Mostramos para os governadores e prefeitos que nós não aceitamos que eles simplesmente digam que não têm dinheiro para cumprir a Lei do Piso. Consideramos que eles precisam se esforçar para encontrar condições de saldar essa dívida. Precisam fazer melhor as contas dos seus estados e municípios, provar que gastam com a educação aquilo que é disposto na Constituição”, avalia Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE.
O dirigente da CNTE lembra que cumprir a Lei Nacional do Piso não significa apenas o pagamento da remuneração de acordo com o valor definido pelo Ministério da Educação (MEC). “É preciso que se tenha claro que a Lei do Piso não fala só do salário. Fala de jornada, de carreira. Esses são pontos importantíssimos que são descumpridos. Isso tudo precisa ser cumprido”.
De acordo com o presidente da CNTE, a próxima batalha dos trabalhadores da Educação é fazer uma campanha contra a votação, no Congresso, do projeto de lei que altera os critérios de reajuste do piso, colocando apenas o INPC como fator de correção. “Nós não aceitaremos isso. Aceitamos discutir sobre a questão, mas não vamos discutir nada que não seja valorização. Aliás, o próprio ministro Aluizio Mercadante já se manifestou a respeito e na sua fala ao Congresso Nacional ele disse que não dá para ser simplesmente o INPC o fator de reajuste do piso”, afirma.
Veja como foi o movimento nos estados:
MARANHÃO – Sindicato apresenta os avanços na revisão do Estatuto do Educador
ALAGOAS – Trabalhadores em educação fazem ato em frente à Secretaria de Educação
AMAZONAS – Professores fazem protesto na Assembleia Legislativa
DISTRITO FEDERAL – Ato público reúne milhares em Águas Claras
GOIÁS – Educadores estaduais em greve param BR-153
MINAS GERAIS – Greve nacional em Minas tem adesão de 35% das escolas e, em Belo Horizonte, a adesão é de 56%
MATO GROSSO – Cresce mobilização das escolas públicas no interior de Mato Grosso
MATO GROSSO DO SUL – Carta entregue para Assomasul reivindica o cumprimento da Lei do Piso
PARÁ – 70% dos trabalhadores em Educação do Pará participam da greve nacional
PERNAMBUCO – Professor em greve fazem manifestação em Recife e na Região Metropolitana
PIAUÍ – Trabalhadores mantém greve e farão protesto na segunda (19)
PARANÁ – Mais de sete mil foram às ruas em Curitiba, na paralisação em defesa da educação pública
RONDÔNIA – Trabalhadores em educação decidem na maioria das Regionais suspender a greve a partir de segunda-feira
RORAIMA – Mais de 80% das escolas aderem à greve nacional da Educação
RIO GRANDE DO SUL – Dia tem manifestação na SEC e ato público unificado em frente ao Palácio Piratini
SANTA CATARINA – Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação rejeita proposta do Governo
SÃO PAULO – Profissionais de educação decidem manter luta por reivindicações e marcam próxima manifestação para 28 de março
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Referência: CNTE via Sinproesemma.
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